Câncer de Próstata


O que é?

O câncer de próstata ocorre quando as células da próstata — uma glândula do sistema reprodutor masculino — começam a se multiplicar de forma desordenada. Essa glândula fica localizada abaixo da bexiga e à frente do reto no homem.


É importante diferenciar o câncer de próstata da hiperplasia prostática benigna (HPB), uma condição comum do envelhecimento que causa aumento do tamanho da glândula, mas não está relacionada ao câncer. Enquanto a HPB pode provocar sintomas urinários leves a moderados, o câncer requer acompanhamento oncológico especializado, pois pode se espalhar para outros órgãos se não tratado adequadamente.


O rastreamento é essencial para o diagnóstico precoce, especialmente em homens a partir dos 50 anos — ou dos 45 anos quando há histórico familiar ou outros fatores de risco. A alimentação rica em gordura animal, o sedentarismo e a obesidade também aumentam a probabilidade de desenvolvimento da doença. A Dra. Ana Lídia Viaro, oncologista clínica com experiência em tumores urológicos, reforça a importância da prevenção e do acompanhamento médico regular como forma eficaz de preservar a saúde masculina.

Sintomas e Diagnóstico

Na fase inicial, o câncer de próstata pode ser silencioso, sem causar sintomas perceptíveis. Quando presentes, os sinais de alerta mais comuns incluem:

  • Dificuldade para urinar ou esvaziar completamente a bexiga;
  • Jato urinário fraco ou intermitente;
  • Vontade frequente de urinar, especialmente à noite;
  • Presença de sangue na urina ou no sêmen;
  • Dor óssea, geralmente associada a casos mais avançados.


Esses sintomas, embora possam estar relacionados a outras condições benignas, merecem atenção e avaliação médica cuidadosa.


O diagnóstico é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais, como:

  • Toque retal, que permite avaliar o tamanho e a consistência da próstata;
  • Dosagem do PSA (Antígeno Prostático Específico), marcador que auxilia na triagem de alterações prostáticas;
  • Ultrassonografia transretal e ressonância magnética multiparamétrica, que fornecem imagens detalhadas da glândula;
  • Biópsia prostática, para confirmação histológica do câncer.


O acompanhamento periódico e a combinação dos exames permitem identificar precocemente a doença, garantindo mais chances de controle e tratamentos menos invasivos.

Tratamentos

O tratamento do câncer de próstata é definido conforme o estágio da doença, a idade do paciente, o estado geral de saúde e as características do tumor. Ele pode envolver abordagens cirúrgicas, radioterápicas, medicamentosas ou a combinação demas.


Tratamento Cirúrgico

A cirurgia é indicada principalmente para casos em que o tumor está confinado à próstata. O procedimento mais comum é a prostatectomia radical, que consiste na remoção total da glândula prostática e, quando necessário, dos tecidos ao redor. Técnicas minimamente invasivas e cirurgia robótica vêm sendo cada vez mais utilizadas, proporcionando recuperação mais rápida, menor dor pós-operatória e melhor preservação das funções urinária e sexual.


Tratamento Radioterápico

A radioterapia usa radiação ionizante (raios-X ou partículas) para danificar o DNA das células tumorais, impedindo que elas se multipliquem. Também é uma opção de tratamento curativo, assim como a cirurgia, e a indicação precisa ser individualizada e compartilhada com o paciente.



Tratamento Medicamentoso

Após a cirurgia, ou em casos de doença avançada, podem ser indicadas terapias sistêmicas, como:

  • Terapia hormonal (bloqueio androgênico), que reduz ou impede a ação da testosterona, hormônio que estimula o crescimento tumoral;
  • Quimioterapia, utilizada para controlar o avanço da doença quando há metástases;
  • Imunoterapia e terapias-alvo, opções mais recentes voltadas a casos específicos, com base em alterações genéticas e moleculares.


O tratamento é planejado de forma personalizada, respeitando o ritmo e as necessidades de cada paciente, sempre com o objetivo de controlar a doença e preservar a qualidade de vida.

Como é o atendimento?

O cuidado oncológico para o câncer de próstata vai além da eliminação do tumor — envolve reabilitação, acompanhamento contínuo e suporte integral ao paciente. Após o tratamento, o monitoramento regular é essencial para detectar precocemente possíveis recidivas e garantir a adaptação física e emocional às mudanças provocadas pela doença.

No pós-operatório, podem ocorrer alterações temporárias na função urinária e na função sexual. A reabilitação é parte importante da recuperação e pode incluir acompanhamento com fisioterapia pélvica, apoio psicológico e orientação nutricional, ajudando o paciente a retomar sua rotina com confiança e bem-estar.


A atuação em equipe multidisciplinar é fundamental nesse processo. Oncologistas, urologistas, fisioterapeutas, psicólogos e nutricionistas trabalham em conjunto para oferecer um cuidado abrangente e coordenado. O uso de tecnologias avançadas e a possibilidade de atendimento presencial ou por telemedicina ampliam o acesso e o conforto durante o acompanhamento.


O objetivo é que cada paciente tenha uma jornada de tratamento segura, informada e humana, com atenção especial à saúde integral e à qualidade de vida a longo prazo.

Dra. Ana Lídia Viaro

Oncologista


Dra. Ana Lídia Viaro é uma médica oncologista clínica com uma trajetória notável, formada pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas). Com mais de 8 anos de experiência, ela é membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e se especializou no cuidado integral de pacientes com câncer, com foco especial em oncologia mamária. Sua formação inclui residência em Clínica Médica e especialização em Oncologia Clínica pela Universidade de Campinas (Unicamp), além de uma pós-graduação em oncologia mamária de alto risco.


A abordagem da Dra. Ana Lídia é marcada pela escuta ativa e pela empatia, reconhecendo que o tratamento do câncer vai além da doença. Ela acredita que cada paciente deve ser compreendido em suas dimensões física, emocional e espiritual. Essa filosofia de trabalho humanizada permite que ela estabeleça vínculos significativos com seus pacientes, promovendo um ambiente acolhedor e de confiança.


Dra. Ana Lídia integra terapias psicológicas complementares em sua prática, ajudando no manejo dos sintomas e no equilíbrio emocional dos pacientes. Seu compromisso com a atualização científica é constante, participando regularmente de congressos e programas de educação médica continuada, garantindo que seus pacientes recebam o melhor cuidado disponível.


Com um acompanhamento contínuo durante e após o tratamento, Dra. Ana Lídia se dedica a oferecer não apenas a cura, mas também qualidade de vida e esperança, sempre valorizando o estilo de vida e o bem-estar de suas pacientes.

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